quinta-feira, 29 de maio de 2008

Jonathan trabalhou nas petroleiras da Nigéria e nas minas de diamantes do Senegal até Angola. E entrou clandestino num navio no porto de Lagos, em direção ao Brasil. Três de seus companheiros foram achados e jogados ao mar. No posto da delegacia da guarda costeira, no porto de Paranaguá, misturando ingles, frances e um pouco de portugues, ele falou sobre seu mundo sem fronteiras e ouviu lições de boas maneiras a base de pancadas e elogios a sua cor. Passou a noite na cadeia e na madrugada, por razões que viria a descobrir depois, a porta da sua cela abriur-se silenciosamente. Esperou. Saiu e varou as ruas estreitas e cobertas de nevoeiro. Tudo quieto. Um barco ali perto ligou o motor e Jonathan avançou naquela direção. Do alto, via as luzes de uma ilha ali perto. Desceu a rua curta, de paralepipedos. Um grupo estranho vinha na sua direção.

Sleeping giant

Aqui perto tem um gigante que dorme na montanha. Dia e noite. Ninguém sabe quando ele dormiu, mas ninguém jamais o viu acordado. Me lembrei daquele passatempo de criança, quando deitado no chão gastamos o tempo vendo as figuras que as nuvens formam. É tudo rápido, muito rápido. Como o tempo, depois de uma certa idade. Hoje discutimos que já estamos em junho, meio ano indo embora e ainda ontem eu reclamava das festas de natal e ano novo. Pensei que o tempo deve ter começado com aquele gigante dormindo lá em cima, que todos vêem todos os dias da estrada. Ele dorme ali desde sempre, quando isto aqui foi se ajeitando pra formar o que é hoje. Desde o início dos tempos.
Hoje é quinta-feira e começa a esfriar. Choveu muito ontem. O tempo passa rápido demais. E por uma razão que não explico, estou achando muito bom.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Aos meus milhares de leitores comunico que estou trabalhando como intérprete num projeto no porto de Paranaguá, onde devo ficar por um mês, mais ou menos. Então, as postagens aqui devem diminuir um pouco. Sou pobre, não tenho lap-top e o hotel tem só um computador lento.
Vou fazer o possível para não deixá-los órfãos. Não chorem por mim, argentinha.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

FOLHA E ZÉ SARNEY: É SEMPRE BOM TER UMA AMIGO POR LÁ.

A Folha concede a Zé Sarney uma coluna semanal para que ele possa discorrer sobre o óbvio, sobre o nada. O homem é senador da república. Deve haver algum tipo de vantagem para o jornal em manter um sujeito desses enchendo linguiça uma vez por semana. Sarney, que é do Maranhão, por não ter mais voto suficiente no seu estado natal, há muito tempo mudou seu domicilio eleitoral para o Amapá, onde tem sido reeleito regularmente. Seu estado de origem, onde a dinastia dos Sarneys manda e desmanda, detem os piores índices nacionais em todos os quesitos: mortalidade infantil, educação, distribuição de renda, empregabilidade, perspectiva de vida, e por aí vai. Tudo absolutamente vexaminoso, o que deveria fazer este senador corar de vergonha, se ele tivesse alguma. Por todos os favores que deve prestar a mídia junto ao "puder", consegue uma formidável blindagem contra sua ineficiência e certa complacência para com a sua literatura medíocre. José Sarney sintetiza o pior do que existe na nossa política. E a sua promiscuidade com a mídia explica bem porque nada muda em nosso país.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

AGORA CONTA OUTRA.

Quantos sonhos ainda se pode ter, quando todo santo (?!) dia uma tragédia acontece? Eu já disse em textos anteriores que Deus fechou a sala de controle e saiu pra pescar. Será que Ele não tem razão? Acompanhem todo esse blá blá blá sobre meio-ambiente. Não deveria ser uma coisa óbvia cuidar do mundo em que vivemos e que será a casa dos nossos filhos e de todos os que virão depois? Vamos ser realistas. Política ambiental é conversa pra boi dormir em qualquer governo, em qualquer lugar do mundo. É como a ética, que todo mundo gosta de recomendar ao outro. É a economia que comanda tudo, são os índices de crescimento, são as bolsas de valores e a especulação desenfreada. É tudo um grande teatro. E nós, os espectadores passivos de toda essa farsa.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

MOMENTOS COM ALEXANDRE GARCIA E RENATO MACHADO.

Esses dois são carroceiros, ou “Burrro-sem-rabo”, como são mais conhecidos. Recolhem todo tipo de entulho que possa ser reaproveitado e vendem para ferro-velho, centros de reciclagem e outros. Encontrei as duas figuras durante um dos muitos seminários realizados no centro de convenções do Hotel Transaméricas. Este especificamente chamava-se “Métodos e Novas Formas de Reciclagem e Reaproveitamento de Entulhos e Materiais Não-Orgânicos Dentro de Uma Perspectiva Positivista Ou Como Fazer o Velho Parecer Novo”.
Embora vestidos com suas roupas de trabalho, macacões com rasgos e manchas de graxa da Fórum, sapatos de segurança de lona da FreeWay e bonés Oldboy, eles se apresentavam com certa dignidade na defesa das suas opções de vida e estilo. Renato inclusive usava um lenço de seda no bolso, enquanto Alexandre mantinha seus óculos estrategicamente caídos sobre o nariz, o que lhe dava um certo ar de circunspecção e conteúdo, como se ele estivesse realmente pensando em alguma coisa.
Eu realizava um documentário sobre as estratégias de marketing na confecção de títulos de seminários e tive a oportunidade de conversar com os dois durante o coffee-break. Eles me falaram das dificuldades encontradas hoje, num mundo cada vez mais competitivo, onde mais e mais pessoas perderam a vergonha de se dedicarem à reciclagem de forma engajada e como meio de vida. Ensinaram-me que um dos pontos cruciais para o sucesso na profissão é estar sempre atento às novas ferramentas, as quais, quando utilizadas com a esperteza devida, permitem que um mesmo produto possa ser apresentado por anos e anos de diferentes maneiras como se fosse absolutamente novo. Neste momento da conversa, Alexandre deu uma piscadinha discreta para Renato, que conteve o riso colocando a mão suavemente sobre a boca.
Ao final do seminário, os dois me convidaram para um show de João Gilberto no teatro Alfa 1. O show seria promovido por uma ONG do Rio de Janeiro, que naquela noite prestaria homenagem a João Gilberto como patrono do Movimento Nacional de Reciclagem. Por problemas estomacais, eu declinei do convite.

terça-feira, 13 de maio de 2008

CENAS PREFERIDAS

Sou fiel a certas coisas, ou talvez sejam manias de quem está envelhecendo. Há algumas cenas de filmes que gosto muito e de vez em quando vou colocando uma ou outra aqui. Esta é do filme RIO BRAVO, de Howard Hawks, com John Wayne e Dean Martin, que está magnífico no papel de um bebado, auxiliar do xerife. Nesta cena, eles vão no bar em busca de um bandido. Dean pede para entrar pela porta da frente, numa tentativa de provar que ainda é competente, enquanto o xerife (John Wayne) vai cobri-lo entrando pela porta de trás. Eles procuram um cara com marcas de barro nas botas e que provavelmente está ferido. Clique ai:
http://br.youtube.com/watch?v=lIt_54ZcnqY

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O CAMINHO NATURAL DAS COISAS.

Sou proprietário de uma cobertura num edifício de alto padrão muito próximo da avenida 23 de maio. De lá observo a grande área verde do Parque do Ibirapuera, o planalto onde se encontra a avenida Paulista, os prédios de luxo de Moema e as mansões do Morumbi, o aeroporto de Congonhas e assim vai. Quando tenho tempo, e isto se dá sempre ao entardecer, gosto de observar o que me rodeia. Dias atrás, alguma coisa me incomodava. De minha varanda, enquanto tomava um bom champagne e revisava um organograma de aplicações financeiras, eu percebi uma grande quantidade de urubus sobrevoando e assentando sobre o topo de um hospital público ali perto. Acompanhei o fato durante três dias, pois este é um assunto relevante dentro das minhas atribuições no comando da cidade.
Alguns dias depois, fui fazer uma visita ao tal hospital. Vesti-me como um cidadão comum, “desses que se vê na rua, falava de negócios, ria, via show de mulher nua...(Belchior)” e entrei pela porta de atendimento aos populares, aqueles que se amontoam por ali todas as manhãs, que aguardam senhas e algum sorriso vago ou um simples “bom dia”. Depois de dois minutos na fila, dei-me conta que não era necessário um sacrifício imenso daqueles apenas para passar despercebido. Esgueirando pelos corredores e reconhecendo algumas portas, cheguei até o topo do edifício. Confesso que na subida me incomodava o cheiro que havia se impregnado na minha roupa, naqueles dois minutos na fila. O mesmo cheiro que eu sentia às vezes quando passava por funcionários nas alas de garagem e departamentos de serviços gerais, um cheiro denso, de suor, de ônibus cheio, de gente ofegante esperando alguma coisa que jamais chegará...No topo do edifício, a área destinada ao lixo, de um cheiro podre insuportável e onde enormes sacos pretos e tambores se amontoavam, estava tomada pelos urubus, que reviravam tudo e sequer se importaram com a minha presença. Embora a vontade fosse sumir imediatamente daquele lugar, andei um pouco pelo meio de tudo aquilo e pude observar alguns procedimentos altamente irregulares.
Na descida, já não tendo mais que disfarçar minha condição, parei na sala do diretor do hospital que fica numa área recentemente construída, apartada de todo o resto, e decorada conforme as necessidades de qualquer cargo executivo. São os procedimentos normais. Alguns ganham, outros perdem. Sobe-se, ganha-se. Os insatisfeitos de sempre vão aos jornais buscar a compensação pela sua incompetência. Pedi desculpas pelo cheiro da roupa e ele me abraçou da mesma maneira. Cordial como sempre, comentou que se era capaz de suportar aquele cheiro pelos corredores do hospital, porque não o suportaria no corpo de um grande amigo, ainda mais sabendo que com certeza eu estaria ali por alguma razão muito importante. Serviu-me um uísque e nos sentamos em duas poltronas de couro, em frente a um jardim em estilo japonês, de pequenos lagos cheios de carpas coloridas. Falamos da vida social da cidade, dos novos empreendimentos imobiliários de altíssimo padrão, de um empréstimo do BNDES que ele aguardava para a construção de um Hospital-Hotel padrão 5 estrelas, das eleições americanas e da esperança em McCain, do absurdo de se introduzir cotas raciais nas universidades e o risco de se estabelecer o racismo no Brasil, uma chaga da qual, Graças ao bom Deus estamos livres, e falamos da corrupção, da degradação dos valores morais, e todas as aflições normais do cidadão correto que somos. Na saída, depois de nos despedirmos, lembrei-me de avisa-lo rapidamente sobre o problema do lixo no alto do edifício e que conforme instruções anteriores, os fetos provenientes dos abortos que eram feitos no subsolo do hospital não deveriam de forma alguma serem descartados daquela maneira. Disse-lhe inclusive que um dos fetos que vira lá em cima ainda tinha uma cor rosada, como se estivesse vivo até minutos antes da minha chegada. Ele argumentou que devido às novas instruções da prefeitura, as empresas de cosméticos estavam relutantes em recolher os fetos que utilizavam na elaboração dos seus produtos como era feito anteriormente, com medo de que alguma noticia pudesse vazar para a mídia e compromete-las junto à opinião pública. Eu prometi rever alguns pontos da nova portaria, de modo a viabilizar a continuidade dos procedimentos, já que não era possível aquela imagem de urubus sobrevoando um hospital público. Não ficava bem para o hospital, nem para a prefeitura e ainda comprometia a bela vista que eu tinha da minha varanda.
Hoje vejo que os urubus sumiram, o que indica que tudo deve ter voltado ao normal lá no hospital. É bom assim.
De tempos em tempos desço até o porão, escondido atrás de uma porta de folha única, no final de 230 degraus. Deslizo, para descrever melhor o estado de espírito que me leva até lá. One-man band, vou narrando o trajeto em algum tipo de poesia, pra colocar sobre ela a trilha sonora que me segura de pé em momentos assim.
Clique ai:
http://br.youtube.com/watch?v=5-DjluKLY14&feature=related

sábado, 10 de maio de 2008

PODE DEIXAR QUE A GENTE CUIDA DOS CHINESES















Preocupados com o crescimento do consumo interno de alimentos, os chineses estão pensando em adquirir terras em outros países para cuidar do assunto. Simples, não? Compram terra barata por aqui, por exemplo, e exportam para eles mesmos. E é bom tomar cuidado porque os chineses não negociam sozinhos, estão sempre em grupos (ia dizer bandos, mas pode não ser politicamente correto).
Já me adiantando à esta questão, estou de conversas com um amigo meu que possui vastas extensões de terra aqui no litoral, ali pela região de Peruibe. Ele havia comprado estas glebas anos atrás, quando foi procurado por um grupo imobiliário que estava responsável pela área e envolvia partilha entre herdeiros, estas coisas boas de assistir, quando o ser humano coloca para fora o melhor de si. A abordagem é que foi inacreditável. De acordo com ele, numa tarde em que estava em seu escritório, com um sol fraco de inverno batendo na janela e uma preguiça grudada em suas costas desde o meio-dia, alguém lhe telefonou, e já lhe chamando pelo nome completo, identificou-se como sendo de um grupo muito especial de corretores, com um negócio daqueles da China (entenderam, entenderam???). O meu amigo, sempre pronto a desviar o rumo de qualquer conversa quando sentia cheiro de trabalho, ou de confusão, que sempre dá trabalho, perguntou como teriam chegado ao seu nome. E daí a revelação surpreendente: numa sessão do curso de paranormalidade entre doutores da USP, quando se fazia testes para verificar a utilidade econômica desta ciência, naquele momento, com todos os mestres de mãos dadas, surgiu o nome inteiro do meu amigo, como sendo um possível beneficiário do empreendimento imobiliário utilizado como parte fundamental daquele experimento científico. Convenhamos: esse pessoal de vendas e marketing não descansa. Quem já ouviu falar de uma abordagem desta pra vender um terreno no litoral? Mas não era um terreno, eram glebas imensas. Segundos depois, enquanto fazia hora na máquina de xerox, meu amigo pesou a resposta que havia dado: iria pensar. E deixou o telefone de casa. Quem conhece os esquemas de vendas sabe que numa situação assim o inferno está devidamente instalado. Bom, se a paranormalidade é uma benção de Deus (disseram isto pra ele), então ele devia ser um escolhido do Homem. E caiu de cabeça no negócio. Convenceu o sogro a vender o carro e tirou um empréstimo no banco, tendo o cunhado como fiador. Alguem tinha que entrar com o dinheiro já que a parte dele ele já havia feito, que era ter sido indicado pelo pessoal do outro lado, você sabe, lá...do outro lado. Essa glória não é pra qualquer um. Como em coisas assim o desgôsto é certo, depois de vistas todas as fotografias aéreas do empreendimento feitas por "profissionais da nossa confiança", fechou-se o negócio. E marcou-se o dia para visitar o local.
Resumindo: parte das glebas ficavam praticamente dentro d'água, outra parte em reservas ambientais, e um restinho em áreas onde, com alguns caminhões de terra e muita reza, poderia se fazer alguma coisa.
Essas "terras" continuam lá, se arrastando dentro um processo judicial interminável. O importante é que os herdeiros ficaram todos felizes, os advogados antes deles, e o curso de paranormalidade da USP saiu um pouco arranhado do episódio. Mas coisa assim bem de raspão mesmo, já que o pessoal da USP é muito bem relacionado na mídia e logo o assunto sumiu das redações. A amizade é uma coisa muito boa.
Voltando ao início, eu e meu amigo estamos de conversações para ver um jeito de passar a perna nos chineses, um povo sabidamente ruim de negócios e fácil de enganar. Se juntar isto à esperteza do meu amigo e à minha, que acabei de comprar um chevette 78 com menos de 2000 km rodados, "não saía da garagem" me garantiu o vendedor, a coisa vai.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

MINHA VIDA DE BOXEADOR

Pouca gente sabe, mas já fui boxeador e quase cheguei a profissional. Poderia ter sido em qualquer categoria pois eu tinha problemas sérios em me controlar com a alimentação. Ia do peso-pesado ao peso-pena em questão de dias, conforme o humor e a falta de dinheiro. Nunca fui muito alto e o máximo a que cheguei foi 1,78m, nos dias em que eu me achava importante e capaz de mudar o rumo da vida. Treinava num ginásio ali perto da rua do Gasômetro, na época que o gás da cidade era fornecido pela Bristh ges, era assim que o povo dizia. E daí se vê que eu devo ter hoje uns 110 anos de idade. O ginásio era pequeno, com dois ringues, um banheiro e um cano na parede de onde descia um jorro grosso de água, gelada na maior parte do tempo. Era bom, porque batia com o que tinha em casa. Não faz bem pegar gosto com coisa boa e diferente e depois refugar na hora de voltar pra miséria. Eu treinava sempre com o Zédinho, um sujeito mais forte e bem mais ignorante do que eu, que vivia de desentortar botijão de gás, profissão muito reconhecida naquela época. Aqueles que se dizem "martelinho de ouro" deveriam ver aquilo. Era um tipo quadrado e sem pescoço, de fala confusa e muito bruto na hora de descer o braço na gente. E tem mais, lutava sem luvas porque dizia que era bom pra engrossar os dedos mas o fato, diziam, é que não havia luva do tamanho pra acomodar as patas do Zédinho. O treinador, seu Borges de Medelin, tinha nascido numa cidade perto do Vale do Jequitinhonha, no tempo que aquele lugar era miserável, bem diferente do que é hoje, como se sabe. Era um senhor de fala mansa, que parecia não se importar nem um pouco com o nosso futuro, embora nos contasse várias mentiras sobre grandes conquistas de atletas em outras épocas, sempre antes das lutas. Foi o precursor dessas palestras motivacionais de hoje em dia, de onde o sujeito sai olhando pra cima só na espera do universo conspirar a favor. Borges de Medelin teve dezoito filhos e todos eles trabalhavam no ginásio e riam muito durante nossos treinamentos. Não havia muita diversão naquele lugar, muito menos pra tanta gente de uma familia só. Nem eu nem Zédinho demos seguimento a profissão, apesar das muitas vitórias que tivemos sobre uns lutadores de menor envergadura de uma academia ali da Mooca, perto da linha do trem.
Encontrei Zédinho jogando sinuca outro dia, num buteco ali perto do Carandiru. Ele me abraçou e chorou muito quando me viu. E não posso dizer que não fiquei emocionado também. Conversamos muito sobre aquele tempo e tudo o que aconteceu com nossas vidas depois daquilo. Depois de certas novidades que o Zédinho me contou, eu vou ter que voltar neste assunto mais pra frente, só pra corrigir algumas imprecisões que eu carregava na memória a respeito daquele tempo.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

"Ruas Erradas" é um texto de teatro que estou transformando também em roteiro para cinema.
O que eu conseguir fazer primeiro (teatro ou cinema) é o que será. Como eu não consegui nem um real para o longa "Proteção", apesar da lei de incentivo, então talvez eu faça este antes.^
Três personagens e um apartamento. Sendo apenas uma locação eu acredito que com bons ensaios, poderemos economizar tempo de locação de equipamento. Acho que dá pra fazer em 10 dias. E com R$50 mil, já incluindo a licensa Dolby, acho que dá pra fechar. Não é fácil?
O problema é que ainda não tenho esses 50 aí. Então vamos indo. E ver no que dá. Quando tiver que ser.

Nota: Mudei de endereço porque perdi o tesão de escrever no outro blog. Um pessoal do mal andou por lá e não me sinto confortável imaginando aquela gente me visitando.