quinta-feira, 29 de maio de 2008

Jonathan trabalhou nas petroleiras da Nigéria e nas minas de diamantes do Senegal até Angola. E entrou clandestino num navio no porto de Lagos, em direção ao Brasil. Três de seus companheiros foram achados e jogados ao mar. No posto da delegacia da guarda costeira, no porto de Paranaguá, misturando ingles, frances e um pouco de portugues, ele falou sobre seu mundo sem fronteiras e ouviu lições de boas maneiras a base de pancadas e elogios a sua cor. Passou a noite na cadeia e na madrugada, por razões que viria a descobrir depois, a porta da sua cela abriur-se silenciosamente. Esperou. Saiu e varou as ruas estreitas e cobertas de nevoeiro. Tudo quieto. Um barco ali perto ligou o motor e Jonathan avançou naquela direção. Do alto, via as luzes de uma ilha ali perto. Desceu a rua curta, de paralepipedos. Um grupo estranho vinha na sua direção.

Nenhum comentário: