sábado, 17 de outubro de 2009

CEDO OU TARDE, TODOS SE ENCONTRAM.

Não sei quem são, sei apenas que estão por ai, perto, mais,
juntos de mim.
Andam por beiradas e becos, pelos desvios que vivem no bolso de
todo caminho.
Têm olhos e boca e braços e solidão como eu,
Últimos no mundo numa noite fria.
Dizem que cantam, que tiveram amores e pais que sumiram sem mais,
Sem bilhete ou aviso cifrado, jogado ao acaso, na noite anterior.
Nunca os vi, nem eles a mim, somos cães em vielas paralelas,
Somos bêbados, de histórias malditas, o lado esquerdo de Deus.

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